sábado, 19 de dezembro de 2009

Tetris Heavy Metal

Tá afim de ouvir música de videogame de uma forma diferente. Tem curiosidade? Veja abaixo:



Os americanos do Powerglove fazem um cover do tema de Tetris que mostram tanto o peso das notas quanto sua tendência a se assemelhar com música erudita.

Abertura da turnê 2010 do Dream Theater



O show é de 2010, mas a música, A Nightmare to Remember, do álbum Black Clouds and Silver Linings, deve, certamente, abrir os shows no Brasil.

Informações do Bola da Foca sobre as próximas apresentações deles nas terras brasileiras: dia 16 de março eles estarão no Pepsi on Stage, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; 18 de março no Master Hall, em Curitiba, Paraná; 19 de março no Credicard Hall, em São Paulo; e dia 20 de março no Citibank Hall, Rio de Janeiro.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Rock nerd à la Ramones

Formado em 1992, o Weezer fez a música Surf Wax America, lançada no álbum azul de estréia deles (94), que compara o cotidiano com uma surfada. O resultado você confere no vídeo abaixo:



A música tem a melodia repetitiva de um bom punk rock, apesar da pegada pop. Apesar dos caras investirem em letras inteligentes, com metáforas, a simplicidade similar a dos Ramones pode ser cativante, não?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tema do game Metal Gear Solid: Na guitarra



Em uma versão pesada, com distorção a la heavy metal, o usuário BryJovi17 do Youtube faz uma improvisação muito boa em cima da obra-prima de Harry Gregson-Williams para o game de Hideo Kojima, Metal Gear Solid 2.

A música tem seus momentos de aceleração desnecessária, aproximadamente no meio para a segunda metade da melodia, mas o resultado final é fiel e digno para esse sucesso dos videogames.

Tema do game Metal Gear Solid: Original



Jogos de videogame demoram mais tempo para desenvolver uma música-tema. A série Metal Gear Solid, lançada no Playstation e derivada de um game do "pré-histórico" MSX demorou bastante até implacar uma trilha que se repete em todos os jogos. Somente em 2001, com a abertura de Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty, a série consagrou uma música que a identifica sem nenhuma dúvida.

Orquestrada por Harry Gregson-Williams, autor de trilhas sonoras de sucesso como Shrek e A Cruzada, a música traz toda a sensação de estarmos dentro de um filme. A intenção de Metal Gear Solid, nos games, é justamente passar essa sensação, fazendo o telespectador não apenas jogar, mas apreciar o enredo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

50 anos do falecimento de uma brasilidade



Vídeo do Choro nº1 do compositor Heitor Villa-Lobos, que completa meio século da data de sua morte.

Um músico que conseguiu reunir, de maneira inovadora, a música popular das ruas do Rio de Janeiro, incluindo chorinho e o samba, com o erudito clássico de Johann Sebastian Bach. Entre suas criações, está uma enorme obra de bachianas, músicas para violão, piano, coro e canto.

Percebe-se, no vídeo, a grande identidade nacional que o compositor tinha em seus próprios trabalhos. E a modernidade que expressava em suas obras, com ápice entre 1930 e 1945, veio da transição do romantismo erudito para o modernismo na virada do século XIX com o XX.

sábado, 10 de outubro de 2009

Sobre o VGL 2009

Post original do Wii Are Nerds.


Pra quem não soube, aconteceu no último dia 7 de outubro, no Via Funchal, em São Paulo, o tradicional Video Game Live. Apresentação de orquestra e o compositor Tommy Tallarico teve uma abertura diferente. Tocaram os brasileiros Ricardo, Jeff, Rubão e Nino "Megadriver", com sua guitarra em formato do personagem Sonic, abrindo o espetáculo com um heavy metal totalmente baseado em games.

A banda Megadriver aparece no vídeo acima tocando F-Zero e Street Fighter Alpha 2. Tommy Tallarico aparece com a orquestra no final, tocando clássicos como Castlevania. Para gamers, nada como conferir, depois de vários anos de eventos da VGL, um repertório variado, mas que continua agradando.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A melhor música com a Les Paul?



Quando o solo de guitarra de Slash brilhou no CD Appetite for Destruction, de 1987, o Guns´n´Roses não sabia que exercícios de escala pudessem emplacar algum sucesso. A música, Sweet Child O´Mine, gravada com uma guitarra Les Paul modelo 1958, que foi utilizada também por Joe Perry do Aerosmith, é uma relíquia, que nunca conseguiu ser reproduzida como no álbum.

No vídeo acima, podemos conferir uma gravação semelhante, feita com duas câmeras (uma delas em p&b). É boa não apenas para visualizar o talentoso guitarrista Saul "Slash" Hudson, mas toda a banda - Izzy Stradin na guita base, Duff Mckagan no baixo, Steve Adler nas baquetas e o egocêntrico vocalista Axl Rose, que continua na banda até hoje, com outra formação.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Podcast/Audiocast piloto: Musicistas

Trabalho de 3º Bimestre para a professora Daniela Ramos.
Novas Tecnologias.


Programa de mesa redonda e bate-papo sobre música, Musicistas foi criado originalmente para os blogs ReplaySONG e Bola da Foca.

Fizemos três programas pilotos. As edições #1 e #2 foram gravadas às 23hrs do dia 26 de setembro, enquanto a edição #3 foi feita no dia 28, também às 23hrs. Os assuntos passam dos lançamentos de CDs como Resistance, da banda Muse, e Death Magnetic, do Metallica, até a cerimônia Video Music Awards 2009, da MTV, e o game Beatles RockBand, da Activision. Opiniões e pitacos sobre pautas deste ano.

Participantes das duas primeiras edições foram: Pedro Zambarda, editor do Bola da Foca; Lívia Hayama, dona do blog Paperback Writer e fã de Beatles; Rafael Costa, dono do blog InfoDrama; e Adriano Lepper, músico com apenas 14 anos.

Na terceira edição participou Thiago Dias, criador do Bola da Foca.

Confiram a programação em áudio logo abaixo.





quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O espírito jovem completa 18 anos

Com o aniversário hoje do CD Nevermind, nada melhor do que mandar uma versão ao vivo caprichada do clássico Smells Like Teen Spirit, durante a turnê de 1993-94.

Álbum marcante por letras que tratam sobre a superificialidade e a falta de sentido no começo do fim do século XX. Uma mensagem rock´n´roll e universal.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sem fronteiras... sem bandeiras



Apresentação histórica do Engenheiros do Hawaii transmitida pela Rede Globo, em 1991. Ao contrário das performances acústicas de hoje, Humberto Gessinger alternava entre contrabaixo e guitarra no seu instrumento duplo, Augusto Licks brilhava em seus solos e Carlos Maltz dava consistência na bateria.

Para muitos fãs do rock brasileiro, sobretudo aqueles que gostam de progressões e músicas elaboradas, essa foi a melhor fase da banda, muito inspirada pelos anos 60 e 70. Além disso, a música apresentada, O Exército de um Homem Só, fala bastante da ausência de propósitos coletivos e de ideologias hoje em dia. É uma mensagem que permanece na atualidade, realçada pelo individualismo das pessoas.

Vale a pena ver, ouvir e entender esse som.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

48 segundos de guitarra solo bastam

O guitarrista norte-americano Jason Becker, desde o começo da década de 1990, sofre de esclerose lateral amiotrófica (ALS), que paralisa seu corpo progressivamente. Atualmente, ele possui apenas o movimento dos olhos e, através de um alfabeto desenvolvido por seu pai, criou uma linguagem através da direção de seus olhares.

Mesmo com essa fatalidade, ele continua compondo e atendendo muitos de seus fãs na internet. Para comprovar seu talento e virtuose com uma guitarra elétrica, mostro a vocês um vídeo de um workshop que ele fez quando ainda era revelação na mídia, ainda nos anos 80. Serrana é uma música que foi composta para ser tocada por uma orquestra. Becker consegue resumir toda sua melodia em um único solo, executado de maneira rápida, em menos de um minuto, e precisa em todas as suas notas.

Todo mundo quer ser romântico

Você lembra da trilha sonora marcante dos filmes Star Wars? Grandes orquestrações repletas de metais e instrumentos sincronizados? Veja o vídeo abaixo.



O compositor tcheco Antonín Leopold Dvořák, predecessor de talentos como Beethoven, no século XIX, compôs esta Nona Sinfonia "Do Novo Mundo" com trechos bastante similares com trilhas sonoras de filmes norte-americanos, incluindo as obras de George Lucas. Vale cada minuto da audição do Quatro Movimento, que mostra uma melodia com várias nuances, momentos de tensão em diferentes velocidades.

É música erudita romântica de excelente qualidade.

Agradecimentos a Priscila Jordão pela sugestão.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Retorno dos pais do Prog Metal



Música lançada no recente álbum do Dream Theater, Black Cloud and Silver Linings, o trecho de The Count of Tuscany é uma excelente obra músical. Apesar de ter uma letra que aborda a vida pessoal do guitarrista John Petrucci, seu arranjo principal envolvente que cativa fãs de rock progressivo, da música pesada do heavy metal e pessoas que não apreciam nenhum dos dois estilos.

O vídeo, apesar da baixa qualidade, foi feito durante a turnê deles, em um show de Minneapolis, no último dia 21. Para os fãs, é uma boa referência para saber por onde está a banda. Para quem não conhece a trajetória dos americanos do Dream Theater, vale a pena se aprofundar e conhecer mais material dos caras.

A música possui uma guitarra melódica que é automaticamente preenchida por um teclado com os mais variados efeitos, que chega a se confundir com os demais instrumentos. Baixo e bateria demarcam território para orientar o vocal, que é agudo, mas constantemente trabalhado para não espantar o ouvinte.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pós Rock Viajante

Guitarras com pedais abusando delay, notas que acoam repetidas na mente. Contrabaixo consistente, que dá o peso adequado à melodia principal. Bateria concisa. Refrões viajantes, sendo literalmente música para sair da realidade, pensar em outro mundo ou valorizar apenas as sensações. Não é racional. Imaginava isso em uma banda de rock?

Bom, rock eles não são. Mas a banda Mono é um dos destaques do mercado independente japonês, pregando o estilo post-rock, algo além da rebeldia roqueira. O som ainda lembra a qualidade musical do rock progressivo setentista, mas não há vocais e a repetição é constante. É um quarteto que traz música instrumental de qualidade, caprichado em sua idéia com o título da música.

No vídeo abaixo, eles tocam a música Halcyon (Beautiful Days). A música literalmente traduz calmaria, através de uma progressão que evolui muito lentamente, cuidadosamente tratada. Vale a pena, pra quem quer conferir um som diferenciado e bem distante do comercial. É enriquecedor.


domingo, 26 de julho de 2009

Jazz Conciso



Pra quem achava que jazz era apenas improvisação, sem nenhuma estrutura fixa na melodia, tropeça feio ao ouvir Remembering, música acima.

O trio jazzista moderno Avishai Cohen traz um piano conciso que permite que o contrabaixo mude várias vezes sua sonoridade. No entanto, a música é curta, o solo também e a mensagem é precisa. Uma delícia de escolha nas notas, acompanhadas por uma presença bastante concentrada dos músicos no palco.

Agradecimentos a Priscila Jordão pela recomendação.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Semana do Rock

No dia 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou um evento chamado Live Aid, um gigantesco show de rock com as melhores bandas da categoria e muitos pops (de Led Zeppelin até Michael Jackson e Madonna) simultâneo em Londres, Inglaterra, e na Filadélfia, Estados Unidos. O objetivo era combater a fome na Etiópia e sua transmissão teve apoio da rede BBC.

Desde então, esse ficou conhecido como o Dia Mundial do Rock. Uma homenagem ao evento e ao estilo musical.

Em homenagem a última segunda-feira, que foi dia 13, eu posto aqui uma música do Queen que realmente representa o rock´n´roll mais legítimo, apesar que muitos outros fãs poderiam fazer outras recomendações. We will rock you.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

O "corpo" da pop music



Nunca gostei muito de Michael Jackson, mas Billie Jean foi um grande hit dos anos 1980. Criador de performances e composições únicas, Jackson ressuscitou as danças imortais do rock de Elvis Presley, com a cultura negra norte-americana.

MJ faleceu ontem, às 16h, por conta de um ataque cardiovascular em sua casa, em Los Angeles.

sábado, 20 de junho de 2009

O Choro Virtuose Brasileiro

Um gaúcho de Passo Fundo. Um violão de 7 cordas. Metrônomo marcando tempo. Velocidade de notas que oscila drasticamente. Sentimento ao tocar. Confira abaixo:



Yamandú Costa é um talento nato. Teve como ídolos desde a bossa de Tom Jobim até o virtuosismo de Rafael Rabello. Para quem não prestigia a música nacional, ele é um exemplo a se respeitar.

O maior riff do rock´n´roll... orquestrado



Vídeo que mostra a reunião de gerações do Deep Purple, exceto apenas por Richie Blackmore, em 1999. Participação especial do vocalista do heavy metal Ronnie James Dio, um ícone, e da Orquestra Simfônica de Londres.

O Purple, ao lado de Led Zeppelin e Black Sabbath, é reconhecido por ter criado as bases do rock mais pesado, o heavy metal, e por ter aplicado conceitos de música erudita em suas músicas, desenvolvendo o estilo, na década de 1970. Tudo isso pode ser visto na música acima, entre improvisos das guitarras nervosas de Steve Morse, o mais novato do grupo (entrou na década de 90).

A música em questão? Smoke On The Water. Pam pam pam, pam pam pamnam! O riff mais popular do rock´n´roll. Alguma duvida que vale a pena conferir?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

J-Rock como você nunca ouvirá novamente

Já se foram os tempos em que o "hype" envolvia o rock japonês, ou J-Rock. Hoje em dia ocidentais já conhecem as bandas de cor e salteado e baixam suas músicas sem permissão como se fosse simplesmente o Metallica. A diferença é que o baterista japonês ainda não processou nenhuma empresa de software de compartilhamento.

Sempre bem arquitetadas, as músicas do rock nipônico conquistaram o outro lado do mundo, que mesmo não entendendo as letras pode entender boa música. Música como a de Malice Mizer, banda de andróginos, digamos... talentosos. E, diga-se de passagem, que conta com um integrante morto. Isso mesmo.

O vídeo que iremos contemplar mostra um duo entre Gackt, teclados e piano, que deixou a banda em 1999, e Kami, bateria, que meses depois morreu vítima de uma hemorragia. Desde então Kami está presente como integrante em todos os álbuns do Malice Mizer. Como? Como um nome artístico, junto aos outros integrantes. Esse nome é "Eternal Blood Relative Kami", algo semelhante a "Eterno Parente de Sangue Kami". Ele nunca foi realmente substituído, sendo trocado por bateristas "colaboradores" desde sua morte.

Assista e ouça, para ser obrigado a reconhecer que ambos os integrantes que deixaram a banda realmente foram uma grande perda para a música japonesa e mundial. A peça, de uma genialidade singular, é Regret, dueto interpretado por ambos. Simplesmente de arrepiar.


terça-feira, 9 de junho de 2009

Susan Boyle, a vencedora



... que perdeu a final do Britain´s Got Talent 2009. Ou venceu?

Se seu objetivo era ter seu talento musical conhecido mundo afora, Susan venceu. Sua lista de fansites continua só crescendo assim como o estardalhaço na mídia.

A cantora está passando por uma fase difícil depois da medalha de prata e todos nós ficamos imaginando se seu futuro na indústria fonográfica é tão especial quanto sua voz. Convenhamos que a boa senhorafoi atirada à fama mundial repentinamente, o que não costuma favorecer uma carreira longa e estável. Mas seus fãs estão resolutos em apoiar sua musa.

Fica apenas uma pergunta. Quem venceu o concurso, mesmo?

... seja quem for, duvido que tenha um fã clube tão organizado quanto este.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Know Your Enemy

Green Day - Know Your Enemy from Marcelo Bento on Vimeo.


O trio californiano está de volta, com um novo velho álbum. Novo porque 21st century breakdown mal foi lançado, mas velho já, porque segue exatamente a mesma linha do anterior American idiot. O cd é uma ópera rock, assim como o lançamento de 2004, narrando uma história ao longo das músicas, que têm um fio condutor entre si.

A idéia é genial e as composições são boas, mas dá para perceber pelo primeiro video gravado, que o estilo é tão o mesmo de Jesus of suburbia e seus companheiros de narrativa, que quase parece que não há nada novo. A banda tinha um pé nas origens punks, mas decepcionou alguns fãs depois de Billie Joe, Mike e Trè aparecerem bem maquiados e em terninhos charmosos. Ao mesmo tempo, conquistaram diversos outros fãs ao redor do mundo com American Idiot e sua sonoridade revoltada, letras inteligentes e refrão fácil. E para não arriscar na fórmula que já deu certo, "Know your enemy" não vai muito além da mensagem de descrédito ao American way of life e a herança que George W. Bush deixou ao seu país. De qualquer forma, além da música ser daquelas que ficam na cabeça, tem uma batida gostosa e que combina com a voz de Billie.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Música Eletrônica de Corpo

... ou simplesmente EBM. Eletronic Body Music. Desta vez falamos de um gênero inteiro, não de uma apresentação isolada. Afinal, o estilo tem muitos fãs dedicados, porém não há muita gente que o conhece de fora.

O termo foi utilizado pela primeira vez pela banda belga Front 242. Foi a melhor síntese que encontraram para descrever a sua música, oriunda do final dos estranhos musicalmente anos 80.

A música EBM é (obviamente) eletrônica, com batidas pesadas que lembram indústrias (propositadamente) e possui letras geralmente agressivas. Isso porque o movimento cultural que existe por trás dela tem como escolha política o capitalismo e o desenvolvimento industrial. A escolha religiosa também é clara, o ateísmo. Seus fãs mais fiéis acreditam em grandes impérios capitalistas como a fonte de uma vida segura e estável.

Calças camufladas, coturno, cabelo sempre preto e geralmente raspado. A atitude dos fãs condiz com a música, geralmente é agressiva. E na Europa há até mesmo clubes reservados para eles.

A vertente conta com um sem número de bandas que vieram surgindo ao longo das duas últimas décadas mundo afora, mas seus maiores representantes são alemães e norte-americanos. No Brasil há alguns grupos que obtiveram reconhecimento internacional.

Observe alguns passos de dança e reflita muito antes de ficar próximo a um dos dançarinos industriais quando for conhecer uma de suas casas noturnas. Os movimentos podem ser perigosos. Enquanto estiver surpreso, tente lembrar de ouvir a música. Exterminate Anihilate Destroy. Sugestivo?


terça-feira, 12 de maio de 2009

Faltou guitarra?



Vídeo do show de retorno da banda de heavy metal nacional Angra, com o Sepultura, no último sábado (dia 9).

Depois de um hiato de 2 anos nas atividades, esperávamos realmente uma banda diferente. Mas Spread Your Fire não ficou devendo em relação à original?

(Ou mesmo comparado aos shows antigos? Não havia maior precisão da banda quanto a velocidade?)

Podem perceber: não é só o som do vocal que tá baixo, pois as guitarras também não parecem ter o mesmo peso. Já a bateria eu achei impecável, mesmo com Confessori e não o Aquiles no comando, junto com os vocais de apoio.

Os arranjos de teclado estão diferentes. O tecladista, Daniel dos Santos, do Dream Theater Cover, utiliza um Macbook que mudou a afinação da música. Mas isso não constitui um defeito, se a banda seguisse o tom. Já o baixo de Felipe Andreoli se manteve fiel e com presença.

Quanto ao barulho do vídeo, bom, foi feito por fã, né? Mas é bom registrar um breve comentário sobre esse desempenho. O Angra não está ruim como um todo, mas acho que tropeçaram nessa música.

(Já a vibração dos fãs é outro papo. Demais.)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Bons Covers: Smells Like Teen Tapping



O garoto sul-coreano Sungha Jung, "prodígio na técnica de dedo", transforma o clássico de Kurt Cobain na guitarra em um exercício acústico, uma baita música no violão. Vale a pena conferir o cover de Nirvana, logo acima.

Pra quem acha que só peso do instrumento elétrico resolve tudo, técnicas como Tapping (literalmente dar tapas no braço, produzindo notas), harmônicos e Hammers (criar o som só com a batida do dedo) são inovadoras, se usadas da maneira correta.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Heavy Metal sério? Pra quê?



Todo mundo falhou em matar o tal "The Metal".

Mas e dai? Tem coisa melhor do que um robô tosco no palco, uma banda pesada com Jack Black e Kyle Glass gordos e bem nerds?

Ministério da Cultura adverte: gostar de coisas muito sérias o tempo inteiro faz mal à saúde.

(Vídeo novinho. Ano passado. Em High Quality)

Calypso?



Não sei vocês, mas tirando a voz da Joelma e o fato da música ser dançante (eu pessoalmente não curto), achei a guitarra do Chimbinha, no mínimo, interessante. É uma palhetada alternada que combina com acordes cheios. É rico.

Os efeitos de teclado são bem artificiais e parecem destoar do resto da música. Porém, o swing dela é diversificado, em sincronia com a bateria. Sonzinho que não me incomoda.

Para quem esperava só comentários de músicas complicadas aqui no ReplaySONG, este post inaugura comentários de vídeos mais diversos. Não é porque a música da banda de Belém do Pará trate apenas de temas amorosos, ou bregas, que a gente vai deixar de lançar uma crítica mais sóbria. A parada aqui é honesta.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quebrando Limites

Susan Boyle - Singer - Britains Got Talent 2009

Por Jonathan Ramirez no Vimeo.

Bom, eu queria comentar sobre Susan Boyle, mesmo praticamente um mês depois de 11 de abril, quando ela explodiu no Youtube e nas televisões britânicas.

Todos os vídeos de alta qualidade do Youtube estão bloqueados para visualização externa (só consegui pela Vimeo mesmo). Não seria esse outro sintoma "paranóico" do sucesso da escocesa de West Lothian? Mais recente?

Em poucos dias na rede, o vídeo atingiu mais público do que a posse do presidente Obama nos EUA, em janeiro. Isso significa: mais de 3 milhões de visitas em uma única semana. Também é importante dizer que internautas são, de fato, um público muito distinto da televisão. Exceto por emissoras inglesas, a notícia do estouro da mulher só veio no final de semana seguinte ao programa original (dia 18, aproximadamente), mesmo em redes grandes como a Globo.

Com uma voz impecável - que alguns acusam até de falsa - Susan cantou I Dreamed a Dream do musical Les Miserábles, de 1980, adaptação de Claude-Michel Schönberg. Susan não usa praticamente nenhum artifício como falsetes, cantando com um pulmão de dar inveja. A música, que é interpretada na peça pela personagem Fantini, retrata a amargura da mulher que possuí uma vida de sofrimento, mesmo quando ela viveu por um sonho.

De certa forma, isso retrata a realidade de Susan Boyle. E também o seu espetáculo: nenhuma hype ou fenômeno teria sido criada nela se ela não tivesse 47 anos, não tivesse uma vida dedicada a religião e não fosse praticamente virgem na vida amorosa. Para publicitários, ela é um aviso que não somente a perversão e a violência atraem público. Para o pessoal da internet, é mais uma demonstração clara que criamos, paralelamente ao mundo da TV e das outras mídias, ídolos e celebridades próprios, distantes do modelo tradicional.

(Claro que isso não se aplica 100% ao programa Britain Got Talent, que faturou MUITO nessa brincadeira, fugindo do comum e pegando carona na divulgação virtual)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Fazer música com "atmosfera"



Para os que não foram, esse é um vídeo de cerca de um mês atrás. É da transmissão feita pela Multishow do festival Just a Fest, que ocorreu no dia 22 de março, Chacará do Jóquei, São Paulo.

Nele, Los Hermanos, Kraftwerk e Radiohead fizeram apresentações que mostraram que, apesar das diferenças claras, é possível unir pessoas diferentes. No entanto, sou obrigado a achar que Radiohead estava numa sintonia maior com seu público do que os demais. É incrível como eles ainda executam bem Fake Platic Trees, a música do vídeo acima. Ela continua sendo um "clichêzão com atmosfera". Todo o show que rola eles tocam (ao contrário de Creep, que também caiu nas graças da MTV).

O pessoal do Multishow suprimiu completamente os berros do público, que estava insandecido com essa música. Então, caso você aprecie a sensibilidade dos ingleses, mesmo que as letras depressivas não o agradem, veja o vídeo e dê espaço uma impressão que defino como "atmosférica". Não consigo ouvir essa música sem, de fato, deixar os pés fora desse mundo.

Tem músicas que você ouve e esquece.
Essa fala sobre mundo artificial, de relações artificiais.
She looks like the real thing / She tastes like the real thing

Não acho que você vá deixar esse assunto de lado.

Beethoven segundo o "Paganini da Guitarra"

Com a afinação em Mi bemol (para não-iniciados em teoria musical, isso é meio tom mais grave do normal, combinando muito com peso), o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen dá um show no vídeo abaixo, gravado em 1985. Improvisações em escala menor, quando ele não abusa, ficam perfeitas.

Malmsteen é conhecido pela velocidade e técnica, ganhando prêmios consecutivos em revistas como Guitar Player e Guitar World. Para as pessoas que não o conhecem a fundo, basicamente ele criou um estilo que funde a música erudita do séculos XVII, XVIII e XIX com o heavy metal: o metal neo-clássico.

Se Jimi Hendrix trouxe a distorção para as seis cordas e Eddie Van Halen trouxe a digitação (tradicionais taping, pull off e hammers) para a formação de notas e acordes, Yngwie Malmsteen elevou as músicas de rock a um patamar artístico bem tradicional e respeitado. Por mais que ele abuse nos solos, vale a pena ouvir, mesmo que você não curta.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Kiss: Beethoven and Roll?



Se alguém duvidava que Tommy Thayer seria um guitarrista a altura de Ace Frehley (formação original do Kiss), dá uma conferida no vídeo acima.

Do show de São Paulo, no dia 7 de abril, o câmera do fã e usuário do youtube dnlnunnes pegou o solo do astro misturando blues, fogos de artifício e... BEETHOVEN?

(Veja, com atenção entre os 1'42'' e 3'05''. Quinta Sinfonia, não é?)

Infelizmente não encontrei gravação melhor, mas essa tá com um áudio ótimo em relação às demais.

Uma intérprete que vale conhecer



Grande fã de música erudita?

(...)

Tudo bem, não é necessário ser nenhum Frank Aguiar para reconhecer quando alguém toca um instrumento muito bem, não é mesmo?

Vamos começar pela musa dos pianos, porque... porque sim, oras. O nome é Valentina Igoshina. O rostinho é bonito, as mãozinhas delicadas mas a performance é destruidora. Sempre mudando o estilo do corte de cabelo, a intérprete russa, formada pelo Conservatório de Moscou, conquista os corações e os ouvidos por onde se apresenta mundo afora. Isso aconteceu também aqui, em nosso país, no mês de fevereiro do ano passado, quando Valentina veio ao Teatro Municipal de São Paulo para tocar Rachmaninoff. Se você perdeu, tsc tsc. Acredite, é difícil tocar qualquer peça deste russo de mãos gigantes.

Nossa concertista foi a primeira colocada em três concursos internacionais de piano, em Rubinstein, Rachmaninoff e Gorizia e gravou alguns álbuns tocando Chopin, Rachmaninoff, Schumann e outros.

Mas vamos ao que interessa: julgue por si próprio assistindo a uma interpretação de Fantasia Improviso de Frédéric Chopin. Nela podemos perceber a sua maior característica pessoal, que é interpretar de um modo feminino e emocional.



Sem mais, até a próxima.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Experiência Visual na Web: Keane em 3D



Para começar o Replay Song, segue um trecho da apresentação da banda de pop rock britânico Keane no lendário estúdio Abbey Road, dia 2 deste mês, onde mitos como Pink Floyd e Beatles gravaram seus maiores sucessos. O material foi apresentado gratuitamente em webcast (vídeos na internet). A música do vídeo é a faixa-tema do mais recente CD deles, de 2008, Perfect Symetry.

O ritmo da música traz o teclado e a bateria tipicas da banda, que consegue criar um rock leve sem a necessidade de guitarras em todas as músicas. A letra de Perfect Symetry traz o tema da mortalidade em um mundo moderno, com todos os problemas que o acompanham. I dream in e-mails / Worn-out phrases / Mile after mile of just /Empty pages.

Para ter toda a experiência de um 3D que "salta da tela", visite o site oficial do grupo, que ensina, passo a passo, como fazer um óculos para ver o vídeo acima, utilizando papel celofane vermelho e azul. Essa experiência, apesar de diferente, nâo é nada muito diferente do filme U2 3D, que trouxe shows da turnê da Verigo Tour de 2006 (aquela com um show lotado no Morumbi, lembra?).

A imagem do vídeo está com qualidade inferior porque a gravação utiliza duas imagens sobrepostas. Ambas películas geram o efeito 3D, com os óculos adequados.